Os Moinhos do Poço Verde
Em plena natureza, sem televisão, junto a um riacho e com toda a tranquilidade do mundo, descubra a fauna e flora envolventes, refresque-se nas águas límpidas e puras do Rio Laboreiro e recolha-se no sossego deste pedaço de paraíso.
Em pleno Parque Nacional Peneda Gerês, este é o local certo para “desligar” da correria quotidiana e recarregar baterias. E com a aldeia de Castro Laboreiro a 800m, terá sempre tudo à mão, quer queira deliciar-se com a gastronomia da região, percorrer os trilhos pedestres da região, conhecer as ricas tradições desta aldeia fantástica ou simplesmente comprar algo de que necessite!

O MOINHO DE CACAU
Um antigo moinho de cacau , com decoração rústica, mas organizados em open-space, com aquecimento e uma acolhedora salamandra, um sofá confortável, uma pequena biblioteca e um quarto no elegante mezanino… com todo o encanto e “alma” de um recanto íntimo e genuíno, para uma experiência única.

A FÁBRICA DE CHOCOLATE
A centenária fábrica de chocolate, foi recuperada mantendo a arquitetura típica da região, com decoração rústica, mas organizados em open-space, com aquecimento e uma acolhedora salamandra. Aproveite a pequena cozinha equipada e o churrasco. Sente-se a ler ao pé do rio e deguste um bom copo de vinho ao cair da tarde…

A HISTÓRIA
A narrativa destes Moinhos está diretamente ligada com a indústria do cacau em Castro Laboreiro tendo sido o local escolhido pela Fábrica de Chocolates de Castro Laboreiro (”Carabel”) para, em 1946, produzir o chocolate tão famoso da região. Até hoje, são desconhecidas as razões pelas quais Domingos António Alves, fundador da empresa, decidiu fabricar este delicioso produto mas afirma-se que tal obra elevou Castro Laboreiro a um outro patamar de visibilidade nesta região de Portugal.
Após o seu falecimento, os filhos Abílio e Germano procederam com o negócio do pai efetuando tanto venda direta na sua loja em Castro Laboreiro como venda em feiras realizadas por toda a região. Foi numa dessas feiras, no ano de 1920, que Germano conheceu a sua esposa, de nome Aurora, bonita viúva de Melgaço que, na romaria da Nossa Senhora da Peneda, com o pretexto de comprar chocolate para oferecer a familiares e amigos, visitou os irmãos Carabel. Estando em fim de feira, Germano e Abílio já não teriam chocolate suficiente para satisfazer o pedido de Aurora sendo então prometido por Germano que assim que tivessem produzido mais, ele mesmo iria levar a encomenda a Aurora. Tal gesto foi guardado na estima da bonita viúva que, no dia 25 de Dezembro desse mesmo ano, se uniu em casamento com Germano.
Os Moinhos do Poço Verde entram em cena quando se verifica que o custo do uso do carvão para a produção de chocolate se torna demasiado elevado e a energia hidráulica fornecida pelos Moinhos solucionava tal problema, existindo no entanto, algumas dificuldades de acesso de matérias-primas aos Moinhos. Assim sendo, e a partir dessa data, os Moinhos do Poço Verde foram utilizados para a extração, produção e transformação do cacau. Parte do edifício ainda mantém elementos dessa época como as mós utilizadas para a moagem dos grãos de cacau e as levadas e carreiros de água existententes por debaixo dos chalets utilizados para mover o moinho.